Os auditores da Receita Federal devem seguir em greve, nesta quarta-feira, após anunciar uma paralisação de 48 horas visando pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) a fazer negociações salariais.
Além dessa mobilização, os auditores também não devem participar de reuniões e treinamentos, presenciais ou virtuais, no âmbito da Receita Federal.
Com isso, atividades relacionadas ao controle das importações estão sendo afetadas pela paralisação, sendo que os auditores estão fazendo uma “operação padrão” com análise mais rigorosa das mercadorias e priorizando apenas cargas vivas, medicamentos e alimentos.
Contando com um dos maiores salários no poder executivo, os auditores fiscais recebem R$ 22.921,71 de salário básico, sendo que alguns funcionários no fim de carreira ganham até R$ 34.760,95.
No entanto, a categoria exige um reajuste no vencimento básico depois de perdas pela inflação, sendo que o governo assinou, em maio deste ano, um acordo com os auditores que prevê uma mesa de negociações e a concessão de um bônus criado em 2016.
Assim, os funcionários recebem 11,33% de acréscimo, sendo que a partir de fevereiro de 2025 essa porcentagem sobe para 15,52%, podendo chegar a 26% em fevereiro de 2026.
Comentando o assunto, Dão Real, diretor de assuntos Intersindicais e Internacionais do Sindifisco Nacional, salientou que o governo tem desrespeitado a categoria.