TED ou DOC são transferências financeiras realizadas de uma conta bancária para outra, entre bancos diferentes.
A TED é considerada mais rápida, permitindo valores acima de R$ 5.000,00 e cai no mesmo dia (se transferido antes das 17h), já o DOC só entra na conta no dia seguinte para valores até R$ 4.999,99.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que o meio de pagamento apenas poderá ser utilizado, nas funções de emissão e agendamento, até as 22h de 15 de janeiro. Após disso, será descontinuado.
De acordo com os dados da Febraban em 2022, mais de 1 bilhão de transações foram realizadas com TED e 59 milhões por meio do DOC.
É válido ressaltar que as transferências TED ou DOC podem ser feitas por qualquer instituição financeira previamente autorizadas pelo Banco Central (Bacen). Esse órgão é o responsável por estabelecer as regras para que as transferências sejam realizadas de forma segura.
Sendo importante mencionar também que a data máxima de agendamento do DOC é 29 de fevereiro, quando o sistema será encerrado definitivamente.
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, a extinção das duas modalidades de meio de pagamento considera o desinteresse dos brasileiros em utilizá-los. Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos, principalmente após o lançamento do Pix, em novembro de 2020.
Um levantamento feito pela Febraban, sobre meios de pagamento com base em dados divulgados pelo Banco Central, mostra que as transações via DOC no primeiro semestre de 2023 somaram 18,3 milhões de operações, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no ano.
Conforme as pesquisas indicaram, o DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e do Pix, a escolha preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões.
