Trocar de contador é um direito de qualquer empresário, independente do motivo. Apesar disso, alguns detalhes precisam ser considerados para que essa transição não seja tão difícil
Primeiramente, verifique o contrato de serviços contábeis que foi assinado com a contabilidade, já que os escritórios podem optar pela fidelidade do contrato, a incluir uma cláusula de multa pela rescisão contratual.
Caso não tenha cumprido o prazo estipulado, o empresário deverá pagar a multa da rescisão quando quiser trocar de contador.
Segundo a norma do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), assim que o pedido de quebra de contrato é formalizado, o contador deve, em 30 dias úteis, entregar a documentação da empresa.
O que deve ser feito nessa transição:
- Informar o contador atual: o comunicado deve ser claro de quando será o último mês de atuação da equipe de contabilidade anterior;
- Mês de responsabilidade: informar a nova contabilidade a partir de que mês eles se tornam responsáveis;
- Assinar propostas de serviços: recomenda-se que preencha o termo de transferência de responsabilidade técnica pela antiga responsabilidade, repassando para o novo escritório;
- Documentos fiscais e contábeis para trocar de contador.
Quais são esses documentos?
- Certificado digital;
- Número da Inscrição Municipal;
- Senha de acesso ao site da Prefeitura;
- Código do Simples Nacional (se for o caso);
- RG e CPF dos sócios;
- Contrato social (LTDA), requerimento do empresário (EI) ou certificado de condição de Microempreendedor Individual (MEI) .
Os documentos contábeis que vão influenciar na troca de contadores:
- Balanço Patrimonial (até o último dia da contabilidade anterior);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ;
- Livro Razão;
- Livro Diário;
- Documentação suporte (nota fiscal, recibo, fatura ou contrato)
A troca da contabilidade deve ser algo muito bem pensado dentro de cada negócio e não deve ser feita levianamente, pois a troca pode gerar desgastes para o empreendedor, para os departamentos envolvidos e como toda transição, existe um período de adaptação.
Fonte: Com informações do conube. Link: https://www.contabeis.com.br/noticias/62257/como-trocar-de-contador-saiba-como-fazer-essa-mudanca/
4 tendências que as empresas devem se atentar para 2024
À medida que nos aproximamos do ano de 2024, é crucial antecipar e compreender as mudanças no cenário empresarial.
A evolução constante da tecnologia, as crescentes preocupações ambientais e as transformações nas demandas do consumidor devem moldar significativamente as tendências empresariais nos próximos anos.
Transformação digital
A digitalização dos processos empresariais emerge como uma tendência central para 2024. Empresas inovadoras buscarão não apenas adotar tecnologias avançadas, mas também integrá-las de maneira eficaz em todas as operações.
Inteligência artificial, automação e análise de dados serão essenciais para impulsionar a eficiência operacional e aprimorar a tomada de decisões estratégicas.
Sustentabilidade
A crescente conscientização ambiental coloca a sustentabilidade no cerne das preocupações empresariais.
Empresas que adotam práticas sustentáveis não apenas contribuem para um planeta mais saudável, mas também atendem às demandas crescentes de consumidores preocupados com a responsabilidade ambiental.
Estratégias que visam redução de emissões, gestão eficiente de resíduos e produção responsável ganharão destaque no mundo dos negócios.
Foco na experiência do cliente
A experiência do cliente continuará sendo uma prioridade, mas com uma abordagem mais personalizada e orientada por dados.
Empresas que investem em tecnologias de análise preditiva e em compreender profundamente as necessidades individuais dos clientes criarão conexões mais sólidas, impulsionando a fidelidade do consumidor.
Cultura empresarial flexível
Empresas que abraçam modelos flexíveis de trabalho não apenas atendem às demandas dos colaboradores, mas também acessam um conjunto global de talentos, ampliando suas capacidades e perspectivas.
Resiliência e adaptação constante
A incerteza no ambiente de negócios torna a resiliência uma habilidade crucial. Empresas ágeis, capazes de se adaptar rapidamente às mudanças nas condições de mercado, terão uma vantagem competitiva significativa em 2024.
Fonte: Contábeis. Link: https://www.contabeis.com.br/noticias/62365/mercado-de-trabalho-confira-as-principais-tendencias-para-2024/
Carreiras em alta: profissionais contábeis e de finanças devem liderar as contratações em 2024
Mais da metade (54%) das empresas do país planejam abrir novas vagas de trabalho no próximo ano e estão mais confiantes (55%) no crescimento para 2024. Os dados foram divulgados no Guia Salarial da Robert Half, consultoria especializada em carreiras, remuneração e tendências de recrutamento para auxiliar empresas e profissionais.
O estudo apresenta as principais tendências, setores em alta, habilidades mais demandadas e perspectivas salariais para 2024. De acordo com a pesquisa, estarão em alta as carreiras nas áreas de: Engenharia, Finanças e Contabilidade, Jurídico, Mercado Financeiro, Recursos Humanos, Seguros, Tecnologia, Vendas e Marketing.
Segundo as companhias entrevistadas na pesquisa global, essa percepção é atribuída ao aumento da demanda por produtos/serviços, à melhora da situação econômica, às oportunidades de expansão, à ampliação do orçamento ou recursos financeiros e à adoção de novas tecnologias.
“Aparentemente, a expectativa de crescimento ainda não é suficiente para trazer uma grande pressão salarial, mas o comportamento do próximo ano é que vai mostrar isso”, pondera Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul.
Setores mais aquecidos
De acordo com a pesquisa, os segmentos que mais contratam e devem seguir em alta são agronegócio, varejo, tecnologia, energia, saúde (incluindo farmacêuticas e operadoras de saúde) e indústria (incluindo mineração e indústria B2B).
Profissões em alta para 2024
Veja abaixo as profissões em alta com salário por carreira de profissionais iniciantes e sênior.
Finanças e Contabilidade
No segmento de Finanças e Contabilidade, as áreas que lideram as contratações são de Saúde, Agronegócio, Varejo, Indústria B2B e Infraestrutura.
Algumas perspectivas de remuneração para 2024:
- Para a vaga de controller, a remuneração oferecida será de:
Nas pequenas e médias empresas, o salário varia de R$ 17.500 a R$ 26.500;
Nas grandes empresas, os profissionais poderão receber de R$ 26.500 a R$ 41.000.
- Para a vaga de gerente de tesouraria, os salários oferecidos serão:
Nas pequenas e médias empresas, a remuneração varia de R$ 13.650 a R$ 20.000;
Nas grandes empresas, o profissional poderá receber de R$ 18.800 a R$ 29.200.
- Para a vaga de coordenador de planejamento, a remuneração oferecida será de:
Nas pequenas e médias empresas, o salário varia de R$ 12.500 a R$ 17.000;
Nas grandes empresas, a remuneração vai de R$15.250 a R$ 21.750.
- Para a vaga de analista contábil (pleno), os salários oferecidos serão:
Nas pequenas e médias empresas, a remuneração varia de R$ 5.400 a R$ 7.700;
Nas grandes empresas, o profissional vai receber de R$ 6.300 a R$ 8.200.
Jurídico
Os segmentos que lideram as contratações são os escritórios, bancos, agronegócio, tecnologia e saúde. Os profissionais mais procurados são de empresarial, contratos em geral, tributário (consultivo e contencioso)/reforma tributária e advogado com foco em contratos e compliance.
Algumas perspectivas de remuneração para 2024:
- Para a vaga de advogado empresarial (sênior), os salários oferecidos serão:
Nas pequenas, a remuneração varia de R$ 13.600 a R$ 19.900;
Nas médias empresas, o profissional pode receber R$ 16.400 a R$ 24.150;
Nas grandes empresas, o salário será de R$ 16.450 a R$ 24.150
- Para a vaga de gerente jurídico, a média salarial será de:
Nas pequenas, a remuneração varia de R$ 13.150 a R$ 19.350;
Nas médias empresas, o profissional pode receber R$ 16.995 a R$ 24.875;
Nas grandes empresas, o salário será de R$ 19.762 a R$ 29.004.
- A vaga de advogado de compliance (sênior) só foi oferecida, segundo a pesquisa, em médias e grandes empresas.
A remuneração varia de:
Nas médias empresas, o profissional pode receber R$ 11.911 a R$ 17.452;
Nas grandes empresas, o salário será de R$ 13.613 a R$ 19.955.
- Para a vaga advogado consultivo tributário (pleno), a média salarial será de:
Nas pequenas, a remuneração varia de R$ 8.600 a R$ 12.650;
Nas médias empresas, o profissional pode receber R$ 9.000 a R$ 13.250
Nas grandes empresas, o salário será de R$ 10.260 a R$ 15.104
Vendas e Marketing
As áreas que lideram as contratações serão as de agronegócio, farmacêutico, varejo, tecnologia e energia.
Algumas perspectivas de remuneração para 2024:
- No posto de analista de inteligência de mercado, o profissional receberá:
Nas pequenas e médias empresas, de R$ 6.400 a R$ 11.500;
Nas grandes empresas, a remuneração varia de R$ 7.600 a R$ 13.700.
- Para a vaga de analista de marketing, os salários oferecidos variam de:
Nas pequenas e médias empresas, o profissional receberá de R$ 5.350 a R$ 9.700;
Nas grandes empresas, a remuneração varia de R$ 7.250 a R$ 12.950.
Sobre o faturamento das empresas, a pesquisa considerou que nas pequenas e médias empresas pesquisas, a receita é de até R$ 500 milhões. Já nas grandes empresas, o faturamento observado é acima de R$ 500 milhões. A exceção é para escritórios. Na área Jurídica, as empresas de pequeno porte são aquelas com até 30 advogados.
Fonte: Guia Salarial 2024 da Robert Half/valores em reais e Extra/Globo. Link: https://www.contabeis.com.br/noticias/62276/veja-quais-profissionais-devem-ter-maior-demanda-de-contratacao-em-2024/
Projeto de Lei regula venda de dados pessoais e cria imposto de 10% para internet
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) apresentou um projeto de lei complementar inovador, o PLP 234/23, visando criar um mercado formal de venda de dados pessoais e instituir uma tributação federal para empresas atuantes na internet. O texto propõe a implementação do Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados, exigindo adesão formal daqueles que coletam e utilizam dados online.
O cerne da proposta é garantir “a participação do titular dos dados nos resultados econômicos decorrentes” do uso de suas informações. Além disso, o projeto estabelece uma tributação específica para a internet, propondo uma alíquota inicial de 10% de Cofins, podendo chegar a 12%, com uma projeção de arrecadação anual entre R$ 2,3 bilhões e R$ 4,2 bilhões.
Inspirado na startup brasileira DrumWave, que desenvolveu uma inovadora carteira digital e cobra taxas por transações de dados para grandes empresas de tecnologia, o projeto visa criar um ambiente onde as informações coletadas online podem ser negociadas com diversas indústrias, incluindo varejo, telecomunicações, instituições de ensino e bancos.
É relevante mencionar que a DrumWave possui um acordo com o Serpro, questionado perante a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que, por sua vez, avaliou que não há ação imediata necessária, dado que ainda não houve efetivo compartilhamento de dados.
O PLP 234/23 destaca empresas como Facebook, Google, Amazon e Microsoft, indicando que aquelas que atualmente coletam dados para fins publicitários personalizados terão interesse em adquirir esses dados, compartilhando parte dos lucros com os titulares. O escopo do projeto abrange não apenas indivíduos, mas também proprietários de dispositivos conectados, como dispositivos M2M e Internet das Coisas.
A proposta prevê uma mudança nos modelos de negócios das grandes empresas de tecnologia, que precisarão reestruturar-se para continuar disponibilizando o acesso aos dados gerados pelos usuários e titulares. Chinaglia destaca a necessidade de compartilhamento de uma parcela das receitas atuais ou a possível adoção de cobranças por serviços que, atualmente, são oferecidos gratuitamente.
Em relação à tributação, o PLP 234/23 propõe uma alíquota de 10% de Cofins sobre a receita bruta de empresas que exploram serviços de comunicação online, aplicações de internet, marketplaces, portais ou sites na rede mundial de computadores. O enquadramento fiscal é direcionado a empresas que anualmente coletam, processam, compram, vendem ou compartilham informações pessoais de 50 mil ou mais titulares de dados, com receita mensal superior a R$ 10 milhões no Brasil e US$ 25 milhões no exterior.
Fonte: Com informações Agência Câmara de Notícias. Link: https://www.contabeis.com.br/noticias/62271/pl-cria-imposto-e-propoe-participacao-direta-dos-usuarios-na-monetizacao-de-dados/
